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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

FourFiveSeconds: Rihanna intimista em seu novo single

Parece que a última tendência do universo musical é lançar material surpresa. Assim como Beyoncé conseguiu manter seu álbum visual distante dos frequentes vazamentos, atuais da indústria. Rihanna fez o mesmo, com seu novo single, "FourFiveSeconds" lançado no último sábado (24).

Muito se especula sobre o novo trabalho de Rihanna, o suposto título "R8" já é frequentemente adotado para falar sobre o futuro disco. No começo de janeiro uma faixa inédita da cantora, intitulada "World Peace", caiu na rede e boatos levam a crer que esta faça parte do novo projeto da garota de Barbados.

Em FourFiveSeconds encontramos Rihanna bem intimista, diferente da maioria de faixas trabalhadas até então pela cantora.  



Um violãozinho aflito de fundo, comandado por ninguém menos que Paul McCartney, parceria vocal com Kanye West e vocais bem crus de Rihanna, da qual costuma estar sempre acompanhada de muitas batidas e mixagens.

Após a nova canção ser liberada para venda na internet, as redes sociais já explodiam de elogios e a disseminação mostrava a aceitação da faixa.

Em alguns momentos o novo single de Rihanna, parece ser um hino cristão de igreja, é como uma prece, com vocais bonitos e bem sinceros. Isso se consolida na metade da faixa quando 'RiRi' canta em quase um suplico com vocais mais altos. 


A voz simples de Kanye casa muito bem na melodia e os backings femininos, no fundo, conseguem o enlace perfeito para a canção.

O novo single de Rihanna traz à tona a importância da simplicidade e como algo com essa característica pode ser bem elaborado. Além também da necessidade do artista se reinventar e navegar por águas desconhecidas.

Ao que parece a nova música de Rihanna vai ser mais um grande sucesso. Com apenas dois dias de vendas contadas (sábado e domingo) a canção já entrou para o Billboard hot 100, na posição 54. Nas próximas semanas a tríade (Rihanna, Kanye West e Paul McCartney) devem apresentar a faixa no Grammy, dando continuidade à divulgação.

Agora é aguardar as próximas surpresas da garota de Barbados!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Big Eyes: Lana Del Rey e o sonho do Oscar

Lana Del Rey é uma moça bastante discreta no que diz respeito à fama e parece muitas vezes fugir dos holofotes, diferente da maioria das celebridades.
Porém a moça apaixonada por cinema, parece desejar ser reconhecida nesse meio de alguma forma, prova disso é sua presença recente na premiação do "Globo de Ouro" na qual concorria na categoria de melhor canção original pelo filme "Big Eyes" com sua faixa de mesmo título. Dificilmente a cantora dá as caras em premiações de música, mesmo quando esta na disputa. 



Tim Burton colocou a responsabilidade da canção tema de seu filme em Del Rey, mesmo com a pré-indicação ao Oscar a cantora ficou mais uma vez fora da disputa do título, assim como aconteceu no ano passado com a música "Young & Beautiful" do filme "O Grande Gatsby" quando houve até especulações de sabotagem contra a artista.

Em "Big Eyes" há uma identidade forte dos trabalhos recentes de Lana Del Rey, a melodia inicia com arranjos minuciosos que crescem como ao abrir uma caixinha de música e o coro de voz da própria inicia uma quebra quase no vácuo, há algo cru nessa introdução, quebras  são adicionadas aos poucos e vão se moldando.

Como na maioria das faixas de Lana, os arranjos são bem coesos, o piano segue a voz como o guia mais fiel, por outro lado um curioso trompete meio circense entra no refrão e causa uma melancolia recorrente, comum nos trabalhos da artista. 
Há uma similaridade geral com sua música "Young & Beautiful" de 2013 que também quase entrou na disputa pela estatueta mais significativa do cinema, o Oscar.
Há momentos em que a canção se mostra grande e cresce com bastante naturalidade e em outros as rimas "Big Eyes" e "Big Lies" soa meio repetitiva e forçada. A quebra quase no final da música com o tom lírico (03:22) se mostra a mais interessante de toda a faixa.


Lana Del Rey tem muito a comemorar, no ano passado foi responsável pela faixa principal do filme "Malévola" e lançou seu segundo álbum de inéditas "Ultraviolence" do qual estreou em primeiro na "Billboard" parada de discos americanas. Seu primeiro single foi eleito uma das melhores músicas de 2014 por importantes revistas especializadas e todo o trabalho teve um ótimo desempenho comercial e crítico. Além disso, de acordo com os dados divulgados pelo site Hits Daily Double, Del Rey foi a artista feminina que mais gerou lucros e royalties (direitos autorais) para uma gravadora no ano, e a quinta no ranking geral.
E 2015 promete também...

Lana Del Rey anunciou há poucas semanas que já trabalha no sucessor de "Ultraviolence" e já possui algumas faixas finalizadas, até o nome do novo álbum já foi divulgado e se chamará "Honeymoon". Aguardamos maiores informações e desejamos uma lua de mel das boas para a musa!

domingo, 4 de janeiro de 2015

Madonna amando muito em seu novo single : Living For Love


Depois de um ano basicamente focada no estúdio a "Material Girl" precisou abortar os planos iniciais de divulgação do seu décimo terceiro álbum de inéditas "Rebel Heart". Isso porque o material acabou sofrendo vazamentos antes do tempo através de hackers na internet e expondo o trabalho bruto, muitas faixas em versões demo ainda, o que fez com que a equipe de Madonna lançasse um total de seis faixas disponibilizadas na pré-venda de um total de dezenove músicas que estarão presentes no atual/futuro trabalho da rainha do pop.

Segundo a própria 'Madge' o primeiro single seria lançado em fevereiro no dia dos namorados nos Estados Unidos e o álbum inteiro em meados de abril. A cantora na época dos primeiros vazamentos se encontrava em viagem ao Malawi e quando voltou se mostrou indignada diversas vezes através de posts em suas rede sociais e chegou a usar termos como "estupro artístico" e disse também que os verdadeiros coração rebeldes (Rebel Heart) respeitam a arte, aludindo ao tema do seu CD.


Entre batidas abafadas, psicodélicas repetidas e ecos,  "Living For Love" introduz os primeiros segundos até que a voz segura intimida estas que aos poucos buscam a harmonia entre o piano e o eletro, os arranjos se mostram vagarosamente, vozes se unem até chegar o refrão com backing vocal de ninguém menos que Alicia Keys. 

O primeiro single de "Rebel Heart" fala sobre seguir em frente, superar a perda de alguém que se ama, mas que te deixa. Madonna fala sobre um amor-próprio e incondicional.
"[...]Took me to heaven and let me fall down /Now that it's over/I'm gonna carry [...]" ou em tradução livre:  ([...]Você me levou ao paraíso e me deixou cair/Agora que isso acabou /Eu vou continuar[...]) 


O refrão possui um vertente dance bastante diversificada, alguns tipos de beats opostos que variam entre palmas, batidas ocas e um coro quase religioso. Esse mesmo coro remete à um "déjà vu" na carreira da própria artista, "like a prayer". Mesmo as canções traçando rumos diferentes Madonna parece querer repetir o feito de um de seus maiores hinos, porém mantando-se na vanguarda. A música para Madge é um laboratório, ela gosta de estudar e desconstruir no estúdio e isso fica bem explícito em seu novo single. 

Entre as seis faixas lançadas esta foi uma decisão coerente, pois "Living For Love" ao mesmo tempo que é uma canção boa e agradável é também forte e diferente. Podendo agradar a muitas e também não surtir grandes feitos nas paradas musicais. De acordo com produtores, a decisão da escolha desta música como single foi da própria rainha do pop, segundo estes ela adora a canção e é uma das suas favoritas. 

Em respeito a artista decidimos não comentar sobre as outras faixas liberadas até então na pré-venda. Iremos fazer uma resenha do "Rebel Heart", assim que for lançado oficialmente. E acima prestamos homenagem à rainha do pop, mostrando que o Crítica NUDE também tem um coração rebelde. <3

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Kiss Me Once: O leve e Gostoso álbum de Kylie Minogue

Com uma carreira bastante solidificada nas suas quase três décadas de trabalho, Kylie Minogue parece surpreender bastante com seu novo álbum, ao menos para quem acompanhou o primeiro single "Into the blue" do qual se mostra uma das faixas de menor destaque do CD "Kiss Me Once", primeiro projeto desde que a cantora assinou com a gravadora "Roc Nation" pertencente ao rapper Jay Z.


O álbum começa sua jornada com "Into The Blue" a faixa é o primeiro single e soa bastante simples e fraca, não segue a linha pop que Kylie veio trilhando nas últimas músicas de trabalho e também não parece possuir uma sonoridade promissora.

Em seguida a energética "Million Miles" assume o comando da nova era, bastante empolgante, com arranjos e vocais impecáveis. É daquelas faixas que gruda na cabeça, com um potencial forte, se trabalhada.


A evasiva "I was gonna cancel", chega sem pedir licença. Kylie escreveu a faixa em um dia "daqueles", usou a indisposição em um dia de gravação para compor esta que se mostra uma das músicas mais interessantes e ousadas de "Kiss Me Once", merecendo destaque pelos vocais ousados e fortes.



A intro de "Sexy Love" alude a uma certa Nicky Minaj (Lets go to the beach), aos poucos encontramos a energética kylie nos envolvendo em uma melodia alegre, uma baladinha com cara de hit de verão, podendo ser um single babadeira!

Sexercize parece ser um experimento, seus primeiros arranjos são sombrios e aos poucos se tornam envolventes, perdendo-se horas em distorções de vozes e remixes, sendo uma faixa extremista, é interessante...

Kylie consegue nos levar as alturas com "Feels so god", a faixa marca a metade da jornada proposta, carrega muito a identidade e conceito de "Kiss Me once". Com um instrumental grandioso e totalmente leve Minogue nos faz flutuar.

"If Only" é misteriosa e pode ser um outro experimento ousado do novo trabalho da cantora australiana, com um refrão forte e repetitivo, possui alguns limbos com gritos e entonações duvidosas e que soam estranhas por hora. Uma farofinha básica, que agrada gregos, mas não troianos!
Apimentando com um "Les Sex" Kylie mostra o porquê é considerada por muitos a princesinha do pop, a ousadia da faixa e os arranjos distorcidos seduzem. Sem uma grande composição, a música se baseia principalmente nas suas batidas e entonações repetitivas, consegue vender muito bem seu peixe!

A baladinha que intitula o álbum "Kiss Me Once" é mais uma faixa primorosa, não falta nada na canção, toda melodia muito bem estruturada e bem finalizada, define muito bem o trabalho.


A parceria harmoniosa com Enrique Iglesias rendeu a romântica "Beautiful". Segundo Kylie Minogue, a primeira vez que ouviu a canção ficou extremamente emocionada com o resultado. A parceria pode ser comparada com "Stay" de Rihanna feat Mikky Ekko, do qual o resultado também é grandioso. A sobreposição de vozes de Minogue e Iglesias causa um belo resultado.

Fechando com chave de ouro o disco, "Fine" lacra "Kiss me once" com uma leveza incrível.
Preferida por uma grande quantidade de fãs, a faixa é uma clássica música de Kylie Minogue.

"Kiss Me Once" se resume em um trabalho grandioso e natural, encontramos Kylie em vários momentos em sua essência. Não parece um álbum feito em uma sala de marketing, como muitos trabalhos de artistas atualmente... 
O novo trabalho revela a maturidade e segurança de Minogue diante o universo musical e a estabilidade de seus longos anos de carreira, muito mais brilho e paz para a fofíssima!!!


BEYONCÉ: O Álbum intimo da Queen B

Em um ano em que quase nos tornamos fãs do astro, auto-tune e batidas farofentas de composições duvidosas, surge uma luz no fim do túnel, ela mesmo! Queen B, da qual ambiciosamente lançando um álbum visual (todas as faixas possuem videoclipe) mostra ao mundo que o bom senso ainda é relevante e reconhecido. 

 Beyoncé Knowles, parecia estar pouco preocupada com o "fracasso" do último trabalho de estúdio intitulado "4", lançado em 2011, o qual teve a sua divulgação prejudicada pela gestão da primeira filha da cantora, Blue Ivy. Atualmente trabalhando no projeto "The Mrs. Carter Show" em que reúne seus sucessos, não sendo baseado em nenhum álbum precisamente, definido como uma retomada aos trabalhos após a maternidade. 

A turne ao passar pelo Brasil não obteve o mesmo sucesso que em 2009 de com a "I am Sasha Fierce" da qual todos os shows tiveram ingressos esgotados. Porém agora o momento é dela, Beyoncé bateu recordes de vendas digitais, e já totaliza mais de um milhão de cópias vendidas pelo mundo com uma semana de lançamento. O novo trabalho da artista é intimista ao extremo, mergulhando nas raízes Soul e R&B.

 A primeira faixa "Pretty Hurts" é maravilhosa, com uma grandeza em composição, arranjos e voz. Baseia-se no conceito de auto-estima e dos verdadeiros valores. É umas das canções mais fortes do álbum e pode ser comparada a "Halo" do "I'm Sasha Fierce" pelo seu ritmo e entonações de voz. 


Em seguida a sombria "Haunted" com suas quebras e voz ritmada, Beyoncé brinca com tons e entonações (do grave ao agudo), de tantas quebras a canção parece ter dois momentos, o fato é tão relevante que para essa canção há dois vídeos, dos quais dividem os momentos da música, em "Ghost" e "Haunted" porém é apenas uma canção.

A parceria com o maridão "Jay Z" em "Drunk In Love" possui uma introdução de canto característico do oriente médio, com batidas tradicionais do hip hop, Beyonce domina a área com ecos, sons esquizofrênicos, risadas eletrônicas até que o rapper sem se apresentar entra na sintonia e continua a "piração" da música, a grande quantidade de informação é bem absorvida e tornam a canção promissora e interessante. 

"Blow" é um momento descontraído do álbum, depois de 3 faixas bastante complexas, o clima se torna mais leve, com um coro feminino do qual diverte parte dos vocais. No vídeoclipe desta, Beyoncé patina alegremente na pista de gelo com muito brilho e cor, assim é a canção que não é forte diante de tantos outras obras primas, mas tem seu valor. 

A quinta música "No Angel" se introduz com batidas agressivas de R&B e com a voz em tom alto consegue criar um ar impactante diante suas quebras interessantes. Aos poucos os tons se suavizam e encontramos estalar de dedos que acompanham a melodia. 

A canção é saborosa. "Partition" começa com sons que parecem tirados dos shows da cantora, aos poucos a "Rapper" Beyoncé assume o comando em uma música que brinca com tempo rítmico, informações variadas, sobreposição de vozes. 

 A faixa número sete, "Jealous" é gostosa, calma, reflexiva e consegue mandar sua mensagem com elegância, os arranjos são ajustados de forma incrível e transformam em uma viagem deliciosa. 

Sua sucessora "Rocket" parece mergulhar no estilo soul de forma promissora, com arranjos vintage e uma voz de presença da qual Beyoncé sabe dominar, é excitante, clássica e espontânea.

"Mine"em parceria com Drake, a cantora consegue superar "Drunk In Love" com uma canção perigosa, repleta de informação, que em alguns momentos tende a se perder, mas volta com os vocais expressivos do rapper e uma música sombria e deliciosa. 

"XO" da qual foi anunciada como uma das músicas de trabalho recente, é linda, introduz com sons psicodélicos uma voz limpa e calma de Knowles, e aos poucos vai se transformando e ganhando energia, até chegar ao seu refrão com coro de vozes junto a cantora, supera "Blow", outra faixa anunciada anteriormente como single de divulgação. 

A canção mais bate cabelo "___Flawless" feat Chimamanda Ngozi Adiche, sôa estranho, é ofuscada pelas outras músicas que seguem conceitos diferentes de produção. Tem seus momentos de glória instantânea e logo se confunde em si mesma novamente, se encaixa melhor ao álbum 4. 

Com uma clássica melodia, Superpower (feat Frank Ocean) é segura e grandiosa, Beyoncé e Frank Ocean contrastam suas vozes com genialidade, uma música completa com melodia criativa. Quanto ao vídeo clipe, com gangues e destruição remete à trabalhos estilo Ke$ha. "Heaven" com seu piano e voz crua, emociona, em um álbum íntimo, triste e bastante autoral equivale à uma oração. 

Para encerrar "Blue" um feat com sua filha bebê Blue Ivy, a cantora fecha o trabalho com chave de ouro, levando o ouvinte as alturas com seu vocal sensível e verdadeiro. Não é à toa que o álbum "Beyoncé" ganha aos poucos status de obra prima. A cantora nadou contra a corrente, quebrando "regras" da indústria pop e estreou um trabalho sem nenhum tipo de divulgação prévia. Queen B está de volta, em seu lugar de direito, o trono de rainha!

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Crítica Nude é um espaço destinado ao universo pop em geral, resenhas de álbuns, singles, videoclipes.
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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Lady Gaga: ARTPOP Álbum do Século?

A Mother Monster parece mesmo não ter medo de ousar e expressar sua ambição!  Em sua conta oficial no twitter, após o lançamento do primeiro single e pouco antes do álbum ARTPOP estrear a cantora afirmou: "THIS IS THE ALBUM OF THE MILLENNIUM!!!!!!!!!!!! :" (Este é o álbum do milênio).
Gaga em um super show no itunes festival  um mês de lançar seu novo trabalho, apresentou metade das músicas inéditas de "ARTPOP", provando que realmente o trabalho inédito traria mais inovação e ambição.


Em Aura, faixa que abre o quarto CD de inéditas de Lady Gaga a cantora que compõe suas próprias músicas parece alfinetar Britney no verso "I'm not a wandering slave, I am a woman of choice" (Eu não sou uma caçadora vagabunda, sou uma mulher de atitude), seria uma alusão a famosa faixa de Spears "Slave 4 U"? Na qual a cantora se intitula uma "escrava de um homem". Outro fato curioso entre as cantoras é que ambas deixaram de se seguir no twitter.
Polêmicas a parte, Aura é surpreendente, forte e consegue em meio a tantas propostas se manter una, inicia uma melodia meio velho oeste e poucos segundos depois Gaga parece estar em outra canção, com a voz doce e afinada, é uma música completa!


Vênus sua sucessora foi a primeira produção de Gaga no quesito canção, é uma faixa bastante ousada assim como Aura, possui entonações líricas no começo e também alguns saltos ritmicos assim como na faixa anterior. Mas toda a produção parece muito bem costurada e Vênus se destaca entre as melhores faixas, com destaque para os versos "When you touch me I die, Just a little inside, I wonder if this could be love, This could be love" dos quais conseguem manter a melodia o tempo todo muito gostosa e misteriosa.
De single oficial à single promocional Lady Gaga prometeu que a Venus possuiria vídeo clipe como prometido anteriormente... Será?

Em G.U.Y Lady Gaga mostra a sua "perversão sexual" com uma letra de duplo sentido, a música parece ser extremista, uns amam e outros odeiam. Há pontos em que acontece perda de ritmo e parece haver muita repetição do refrão, como se a música se sustentasse neste. Os versos ritmados "[..]Touch me, touch me, don't be sweet. Love me, love me, please retweet. Let me be the girl under you that makes you cry[...]" remetem ao recurso já usado em "Love Game".

Continuando no clima Sex Appeal "Sexxx Dreams" chega assim como a faixa anterior, são músicas arriscadas, em que qualquer sonoridade ou entonação precisam estar em ordem.
Na quarta faixa há um pouco de sujeira em tudo, não é o destaque maior de Artpop mas tem seus momentos de alge, como quando Gaga deixa de cantar e revela que bebeu demais e que não acredita no que esta revelando: "I can't believe I'm telling you this.But I've had a couple of drinks and oh my god".



Gaga em "Jewels n' Drugs" (feat T.I), uma das canções mais criticadas do último trabalho da cantora, parece estar na periferia, diferente da maioria dos R&Bs com performes conceituadas das quais precisam ser divas, Lady Gaga entra no clima e entrega um material bastante inovador nesse quesito. Ela harmoniza a música e parece mesmo uma garota do mundo underground americano, as batidas agressivas e psicodélicas da faixa sôam bastante coesas no produto final.

Manicure é uma música de destaque instatâneo, com a agressiva introdução de versos a Mother Monster parece uma verdadeira estrela do rock, com arranjos que variam entre guitarras, sons de palmas e batidão, tudo é dosado na medida certa. Em meio a um refrão chiclete, uma letra descolada que se tornou preferência para futuro single.

"[...] Faço o que quiser, o que quiser com meu corpo" com esse refrão básico o single promocional "Do What U Want (Feat. R. Kelly)" se tornou sucesso imediato e acabou virando single oficial, do qual na capa temos a sexy e sensual poupança de Gaga, trajando um biquine que parece Brasileiro (fio dental). A faixa com letra inteligente e uma sonoridade não inovadora, porém sedutora, mostra o potencial vocal de Gaga que consegue repetir a faceta de estúdio em suas performances AO VIVO. Um dos destaques na música é a "virada final" em que a cantora  entõa: "[...]Sometimes I'm scared I suppose.If u ever let me go[...]".
No meio de tantas músicas agitadas surge "ARTPOP" da qual intitula o álbum de Lady Gaga.

Com uma melodia menos agitadas, mas nem por isso com menos elementos, a cantora exótica parece caminhar de mãos dadas com o seu ouvinte. É uma das músicas mais sinceras deste trabalho, sendo uma das faixas menos comerciais também. Outra curiosidade são as duas entonações de vozes de Gaga que são cotrapostas durante os momentos de desenvolvimento da canção.

"Swine" foi uma das músicas mais faladas antes do lançamento do álbum ARTPOP, é a faixa mais perigosa do trabalho, pois os elementos são exagerados... Possui uma letra interessante e alguns momentos a canção nos seduz, mas é poluída e por isso perigosa, são sons diversos que por hora se perdem. É outra música extremista, você pode adorar ou odiar, sendo que se fosse mais limpa poderia ser a melhor canção do CD.

A faixa nove, intitulada "Donatella" pode ser considerada a menos interessante do Artpop, parece nada a mais que uma homenagem à dona da Versace (valeu a pena, virou garota propaganda da marca, Gaga!), é exagerada a canção e enjoativa em alguns momentos. Parece faltar coesão na faixa!

Assim como a moda, a faixa "Fashion!" te seduz aos poucos, com uma sonoridade deliciosa e uma letra gostosinha, tudo parece estar medido adequadamente. Muitos citam a música como uma nova "Vogue" e faz sentido, é algo mais atual. O piano inicial com a voz forte de Gaga, com arranjos sôa algo meio anos 70. Concerteza é uma das melhores músicas do ARTPOP, mas deve ser escutada com calma e atenção.

Não é mistério o porque "Mary Jane Holland" é a canção preferida de Rihanna entre todas do ARTPOP, o nome da faixa é um apelido dado a maconha na América no Norte. Mais uma dentre as canções "perigosas", porém esta não se perde gravemente, em alguns momentos parece que vai decair, mas retorna ao topo, é a proposta ter muita informação, em partes agressivas em outras "fofinha"... Não é a melhor música do álbum e nem deve estar entre as melhores, mas tem um refrão bem gostosinho.

"Dope" é maravilhosa, verdadeira, limpa e simples. Uma música que mostra que a Mother Monster não precisa se agarrar ao autotune e remixagens para cantar, sua voz e o piano são o bastante. Anunciada como single promocional alcançou a posição número oito no chart hot 100 da billboard. A capa do single traz a cantora com uma dentadura que alude à dentes de um cadáver, usando um chapéu que lhe cobre os olhos, traje íntimo do qual deixa a mostra ematomas nas pernas, parecidos com lupus (doença da qual segundo rumores Gaga é portadora).

A penúltima faixa "Gypsy" não perde o ritmo e consegue manter a qualidade alcançada nas faixas anteriores... Uma música com um linda letra sobre liberdade e amor. Com palmas, gritos "[..]Tonigh[..], parece mesmo haver uma festa cigana ao redor de nossos ouvidos. Considerada uma das preferidas entre os fãs possui chances de ainda ser single.

Para fechar a nossa Artpop review: o single "Applause" uma música bem composta e coesa com a mensagem do "ARTPOP".  A faixa consegue ter uma composição inteligente com um refrão bastante clichê e dançante ao mesmo tempo, "i live for the appaluse-plause", (eu vivo pelos aplausos) . Em "Applause", é a Stefani implorando por atenção e desintegrando o mais pessoal de uma artista fabulosa. Agora é só esperar a turne do ARTPOP estrear e rezar para que a Mother Monster passe pelas terras tupiniquins!